Nem sexo demais, nem sexo de menos atrapalham as tentativas de engravidar. Mas a fecundação será menos complicada de acontecer, com certeza, se a ansiedade não se tornar exagerada em relação ao desejo de ter filhos. Principalmente na mulher, a instabilidade emocional e o estresse podem interferir nos níveis hormonais, diminuindo as chances de engravidar. As tensões constantes podem gerar crises, até o ponto de enfraquecer a libido e reduzir as relações sexuais com o parceiro. Portanto, o melhor a se fazer é relaxar e não se desesperar quando se está tentando engravidar, porque é perfeitamente normal que um casal saudável e em idade fértil leve um ano ou mais tentando a fertilização pela via natural.
Com o objetivo de engravidar, o que conta não é exatamente a quantidade de sexo, mas a qualidade do ato, sendo feito com muita atenção e carinho. Mas, em relação à frequência do sexo e como ele é feito, algumas dicas podem ser seguidas para aumentar as chances de que uma gravidez aconteça de forma natural e mais rápida.
Priorize o sexo durante o período fértil
Manter relações sexuais diariamente ou em dias alternados durante a semana que antecede a ovulação intensifica de forma considerável as oportunidades de se conseguir uma gestação. Isso porque o organismo masculino precisa de um intervalo de dois a quatro dias para repor o líquido seminal de maneira satisfatória para a fecundação, melhorando só aí a sua qualidade em relação à motilidade e contagem de espermatozoides. Um ou dois dias, pelo menos, de abstinência ejaculatória fará com que o homem deixe seu esperma em condições ideais para fertilização novamente. E os espermatozoides saudáveis podem permanecer no organismo feminino por até 5 ou 7 dias, e por isso o coito que aconteceu até uma semana antes da ovulação pode resultar em gravidez.
Para se recuperar o esperma masculino, não é preciso diminuir exageradamente os dias de sexo. O importante é apenas que a frequência não seja diária no período que antecede a ovulação. Demorar muito a ter as relações sexuais não é uma boa estratégia, porque os espermatozoides liberam substâncias no colo do útero que o acostumam à entrada contínua e futura dos espermatozoides seguintes. E as células reprodutivas masculinas, se ficarem muito tempo armazenadas, sem uso e sem serem ejaculadas no momento de prazer do homem, podem aumentar em quantidade, mas perdem em agilidade e capacidade de movimento (o sêmen fica “grosso”, espesso). O mais adequado, portanto, seria apenas intensificar as cópulas no período fértil da mulher.
Como identificar o período fértil
A ovulação, na maioria das mulheres, ocorre 14 dias antes da menstruação seguinte. Desse modo, se a mulher tiver ciclos menstruais regulares, é bem simples calcular quando será a próxima menstruação e daí subtrair 14 dias para se chegar ao período fértil. Essas ocasiões, no entanto, podem sofrer grandes alterações, caso a mulher esteja ansiosa para engravidar – daí a importância, mais uma vez, de se manter despreocupada e relaxada em relação à gravidez.
Também não existem comprovações científicas sobre posições sexuais que facilitem a gravidez, embora alguns médicos sugiram que o arranjo em que a mulher fica por baixo, deitada sobre as costas (como a tradicional “papai e mamãe”), seja favorável à concepção, por receber ajuda da gravidade. A posição contribuiria para a entrada e permanência dos espermatozoides dentro da mulher. Quando ela copula sentada, em pé ou se levanta logo após o coito, o sêmen tende a descer e escapar da vulva com mais rapidez. Recomenda-se que a mulher, inclusive, se mantenha deitada por alguns minutos depois do sexo, com o objetivo de facilitar a passagem do esperma para o interior do útero.
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