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Adoção e fertilização

Existem formas diferentes de viabilizar o sonho de ter um filho.

Diante da dificuldade em engravidar através dos métodos tradicionais, surgem outras formas de transformar em realidade o que ainda é sonho. Existem os métodos de fertilização, mas esta não é a única forma de realizar o sonho de ser mãe, há a possibilidade de adotar uma criança também. Mas, como saber qual é o melhor para você?

Antes de tomar sua decisão, ouça o seu coração. Seja sua escolha pela fertilização ou adoção, tenha em mente que nenhuma delas tende a ser rápida ou fácil. Mas com determinação e paciência tudo isso só será uma parte do futuro lindo que a aguarda. E, acredite,  você já tem essas qualidades!

Fertilização

FIV é um tratamento para viabilizar a gravidez.

FIV é um tratamento para viabilizar a gravidez.

No Brasil são usadas largamente algumas técnicas de fertilização. Principalmente, a Fertilização in vitro, a Inseminação Artificial e a Injeção Intra-Citoplasmática.

A escolha da técnica mais adequada ao seu caso será feita por um médico especialista na área, após vários exames que o ajudarão a identificar a causa da sua dificuldade em engravidar e o melhor tratamento para o seu perfil. De forma geral, esses procedimentos começam com técnicas simples e pouco invasivas, como a estimulação de óvulos, progredindo para técnicas mais sofisticadas e invasivas, conforme cada caso. A progressão do tratamento também depende das respostas ao procedimento anterior. Em alguns casos, o médico pode indicar diretamente os métodos mais complexos, como a fertilização in vitro.

Ainda que a técnica utilizada seja mais sofisticada, nenhum tratamento garante a certeza da gestação já no primeiro mês. Afinal, não é algo tão simples. Justamente essa incerteza que os torna, algumas vezes, situações difíceis e dolorosas. Exames desconfortáveis e alterações no humor provocadas pelos medicamentos que são tomados por um período longo unem-se à ansiedade de ter logo o bebê nos braços, dando a sensação de uma espera ainda mais longa. Mas isso não deve motivar você a desistir! Quanto mais você tentar, maiores serão suas chances de engravidar. Alguns especialistas defendem que tentar por, pelo menos, três ciclos aumentam em cerca de 70% as chances de sucesso.

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Conforme o tratamento indicado, o custo aumenta em razão da complexidade da tecnologia utilizada. Contudo, há alternativas e programas em clinicas de fertilização que procuram diminuir esses preços.

Porém essas dificuldades são pequenas se comparadas à vontade de ser mãe. Seguindo corretamente os tratamentos indicados, aliando a uma boa alimentação, exercícios regulares e uma dose de distração para diminuir a ansiedade, em cerca de 2 anos, ou menos, dependendo do seu caso, já poderá comemorar o tão esperado positivo no exame.

São processos longos que irão mexer com suas emoções. Embora o Conselho Federal de Medicina não imponha a obrigatoriedade de um acompanhamento profissional durante a fertilização, ter a ajuda de um profissional fará com que a espera não seja regada a ansiedade e que você possa curtir a sua pré-gestação da forma mais natural possível.

Quem pode:

  • Mulheres acima dos 20 com dificuldades para engravidar;
  • Casais considerados estéreis ou com problemas nos espermatozóides;
  • Mulheres solteiras para reprodução independente;
  • Doadoras de óvulos;
  • Casais Homoafetivos.

Quem não pode:

  • Mulheres acima dos 50 ou na menopausa;
  • Mulheres com intuito de realizar ‘barriga de aluguel’.

Adoção

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Adotar exige o mesmo preparo psicológico de se ter um filho biológico.

Embora a adoção não mexa diretamente com o seu corpo, ela exige o mesmo preparo psicológico. Adotar uma criança no Brasil é um processo bastante longo. Entre a sua decisão e a guarda provisória estima-se entre um e dois anos.

Hoje, para evitar o desconforto da criança e ter uma abrangência maior entre os pretendentes a adoção, existe o Cadastro Nacional de Adoção (CNA).

Para entrar neste cadastro, você deverá ir até a Vara da Infância e Juventude da sua cidade com um documento de identificação e um comprovante de residência. Lá, irão marcar uma entrevista com os responsáveis técnicos para que dê mais informações sobre o perfil da criança que deseja adotar, como a preferência por cor de pele, tipo físico e idade. Além disso, receberá uma lista de documentações que precisarão ser encaminhadas. Seguida de uma entrevista pela psicóloga e pela assistente social.

Neste primeiro contato, irão lhe perguntar informações sobre sua história, estilo de vida, hábitos, situação financeira e avaliarão os motivos que estão levando a optar pela adoção. Também é comum receber a visita de uma assistente social na casa para avaliar as condições em que a criança irá viver. A partir do laudo da psicóloga e da assistente social, será marcada uma audiência com um juiz que irá conceder seu parecer. Dependendo do número de processos em sua cidade, essa etapa poderá levar mais de um mês. Com sua ficha cadastral aceita, você recebe o “Certificado de Habilitação para Adotar”, que é válido por dois anos. Automaticamente seu nome estará no Cadastro Nacional de Adoção, portanto, você estará oficialmente na fila da adoção.

Com os seus dados e o perfil de preferência, os assistentes sociais irão buscar crianças que se encaixem. O maior perfil de crianças aptas à adoção é de meninos, negros ou pardos, com idade entre 06 e 15 anos e comumente em grupos de irmãos. Porém este não é o perfil mais procurado para adoção. E é aí que mora a espera.

Quando uma criança com o perfil indicado é encontrada, o telefone toca. É como se fosse o positivo no teste de farmácia. Você conhecerá a criança no lar onde ela reside. Varia conforme o estado e a idade da criança, mas se o relacionamento inicial for bem e existir a vontade de ambos os lados, é possível levar seu filho para casa após poucos encontros, já com a guarda provisória. No caso de crianças maiores os juízes optam por um período breve de adaptação, ou seja, a criança ou adolescente passa alguns dias na sua casa e outros no lar em que está abrigada. Se tudo correr bem durante este período, nada impede que ela vá morar com você o quanto antes.

Entretanto, se não houver a adaptação da criança, ela será devolvida ao abrigo. Você volta para a fila de espera e a criança também. Isto acontece pois o interesse é que a criança sinta-se confortável no ambiente em que irá morar. São casos raros, mas existem.

Todo processo de adoção é custeado pelo governo através da disponibilização de promotores públicos que irão lhe ajudar a resolver suas dúvidas.

Quem pode adotar:

  • Maiores de 18 anos independente do estado civil;;
  • Exista a diferença mínima de 16 anos entre o adotado e adotante;
  • A justiça não prevê adoção por homoafetivos. A autorização fica a cargo do juiz responsável.
  • Cônjuge poderá adotar o filho do companheiro.

Quem não pode adotar:

  • Avós não podem adotar netos;
  • Irmãos não podem adotar irmão;
  • Tutores não podem adotar tutores;
  • Pessoas que não gozam plenamente de suas faculdades mentais;

A decisão pela forma de se tornar mães e pais é algo muito pessoal e deve levar em conta os seus valores e a representatividade que o seu filho terá quando chegar. Independente da sua decisão, ela deverá ser bastante pensada. Seja seu filho vindo através de reprodução assistida ou de adoção, ele precisará ser amado e educado com a mesma dedicação de todos os pais que esperam pacientemente. Os dois processos são árduos, e nem sempre transformaram seu sonho em realidade na facilidade com que gostaríamos. Contudo, não desanime e seja positiva! Quando menos esperar, tudo dará certo!

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